Para alertar sobre os tipos de agressão sofridos pelas mulheres, uma motocarreata foi organizada pelo Centro de Referência da Mulher - CRM em Mauriti. Várias mulheres e homens saíram as ruas da cidade para dizer um basta à violência contra a mulher. O ato também demonstra o repudio pelo falecimento de uma vítima de feminicídio na cidade há sete dias.
Segundo a Secretária de Assistência Social e idealizadora do projeto, Claudia Fernanda, o evento "tem o objetivo de reforçar a união e o empoderamento feminino no combate à violência contra a mulher e mostrar ainda que juntas podemos mais".
"É para que a gente possa discutir de que maneira cada um desses órgãos atendem mulheres vítimas de violência, qual o papel de cada um socialmente - quem deve fiscalizar, quem deve acolher, quem deve propor políticas públicas, quem deve receber sugestões da comunidade. E mais do que isso, munir cidadãos de informações para que todos nós possamos olhar para as mulheres, para os homens, para os casais, e ajudar a evitar o crime, evitar a morte", acrescentou Claudia.
A coordenadora do CRM, Maria do Desterro, complementa que o evento pretende informar, amparar e acolher as mulheres mauritienses, além de mobilizar toda a comunidade no combate ao feminicídio.
Para o prefeito o feminicídio é um crime de ódio a uma mulher, a um grupo de mulheres ou à totalidade das mulheres. O prefeito em exercício João Paulo disse que acredita que a via para a erradicação dessa violência é, antes de tudo, a informação. "A gente só vai deixar de ter casos de feminicídio a partir do momento em que entendermos o que é o feminicídio e porque ele acontece. A partir daí, vamos desnaturalizar essa prática", destacou.